Nas dependências, verifica-se muitas vezes a passagem de uma
relação diádica instável do casal para uma outra triádica mais estável, em que
o toxicodependente faz a triangulação.
Amaral Dias refere que habitualmente quando a relação entre os
pais é conflituosa, com várias ameaças de separação, o toxicodependente chama a
atenção para si próprio, através de um “agido”, após o qual a dinâmica familiar
se centra, funcionando o seu comportamento como uma ajuda à manutenção do equilíbrio
homeostático familiar.
Muitas vezes existem alianças patológicas (claramente fusionais),
entre os toxicodependentes e um dos elementos do subsistema parental
(normalmente as mães), chegando em alguns casos a estabelecerem relações quase de
tipo incestuoso.
As fronteiras acabam por ser muito difusas entre o subsistema
parental e filial, o que aliados à falta de diálogo entre o casal ou a
comunicações ambíguas, resulta em graves conflitos conjugais, que estão muitas
vezes escondidos ou abafados durante muito tempo.
Segundo Gameiro estas famílias apresentam taxas de separação e
divórcio superiores à da população em geral.
Sofia Almeida
31/07/2018
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