O núcleo familiar é cada vez menos
definido apenas pelos laços de sangue, mas também pelos laços de ternura
desenvolvidos com a proximidade afetiva nas relações familiares
A evolução da sociedade impõe mudanças
aos sistemas familiares e as novas formas de famílias determinam novos modelos
de sociedade.
Transitamos para novos conceitos
de família e para diferentes sistemas familiares, em que as novas gerações
estão a ser formadas segundo padrões diferentes dos que nortearam o crescimento
dos seus pais.
O casamento está a deixar de ser o
ato fundador no início da vida adulta e está a passar a ser uma decisão de
união para mais tarde, após o início de uma carreira profissional, em que a
liberdade individual e a gratificação das relações está acima da formalidade da
união, porque o que importa, é sermos felizes.
Cada vez mais, celibatários
héteros e homossexuais procuram ter filhos sem parceiros do sexo oposto e
decidem lançarem-se a sós na parentalidade, recorrendo à adoção, à inseminação
artificial ou a empresas especializadas em maternidade de substituição,
conhecidas como “barrigas de aluguer”, procurando desta forma evitar relações
desgastantes, riscos nos negócios pessoais ou guerras intermináveis de direitos
de custódias dos filhos.
As tecnologias de informação têm
ajudado a revolucionar as possibilidades de constituir novas formas de família,
nomeadamente a minorias sexuais, ajudando a ultrapassar as dificuldades em
estabelecer relacionamentos mais estáveis e duradouros numa espécie de
casamentos amigáveis, de afetos securizantes.
Sofia Almeida
26/07/2018
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