terça-feira, 3 de maio de 2016

LIBERDADE EMOCIONAL


Quantos de nós sabemos verdadeiramente quem somos e o que queremos?

Especialistas em comportamento humano defendem que nem sempre é fácil tomar consciência da nossa identidade e do que nos dá sentido à vida.

Poderá ser um percurso acidentado, este, o da maturação. Aprender com os erros, reafirmar convicções, atentos aos nossos limites, orientados pelos nossos valores, com a coragem de nos levantarmos…Sempre!

O valor que damos à aceitação social em detrimento da coerência com os nossos próprios valores leva-nos frequentemente a orientarmo-nos por padrões e expectativas alheios que em nada favorecem a afirmação da nossa identidade, confundindo a imagem que temos de nós com aquela como os outros nos vêem.

Para muitos de nós é difícil estarmos sozinhos, especialmente em momentos dolorosos, tais como separações e/ou divórcios. É frequente não se dar tempo ao tempo e partir-se em busca de algo ou alguém que preencha o vazio e alivie a sensação de fracasso na relação terminada.

Ficar sozinho por opção própria e por tempo indeterminado favorece o confronto com os dilemas interiores comuns, como a solidão, o medo, a frustração, o erro, mas permite-nos redescobrir sentimentos e emoções, batalhando contra as dependências relacionais.

Criamos dependências relacionais com relativa facilidade, contudo, quantas vezes ao longo da vida nos assalta a ideia de sermos livres? E o desejo de nos libertarmos de velhos hábitos e rotinas colide muitas vezes com outros desejos não menos comuns, como o desejo de segurança e de partilha.

Paulo Ratki defende a ideia de que liberdade e amor andam juntos. O amor é estarmos atentos ao outro e sermos gratos por isso mesmo. Não é uma troca, nem mesmo uma doação. Segundo o autor, é somente neste amor que poderemos encontrar a verdadeira liberdade. Precisamos descobrir sozinhos o que significa amar, porque se não amarmos, nunca seremos atentos, e pior, nunca seremos gratos. Mas para termos sensibilidade e recetividade é preciso termos liberdade; e para sermos livres precisamos amar. Sem amor não há liberdade.


É fundamental descobrirmos o que dá sentido à nossa vida

Sofia Almeida

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