Devemos aprender a amar
os nossos filhos pelo que são e não pelo que idealizamos deles
Todos
sabemos que há pais mais absorventes do que outros. Algumas mães poderão até
fantasiar uma relação fusional com as suas crianças ao longo das suas vidas;
mas, com maior ou menor dificuldade, tomam consciência da necessidade de
autonomia e liberdade destas, bem como, do papel fundamental que desempenham neste
crescimento e individualização da criança.
Quando os
pais são demasiado invasivos, pelo autoritarismo, por exemplo, a afirmação da
criança, depende da sua resiliência, ou seja, a sua maleabilidade e capacidade
de gerir e lidar com os problemas e de ultrapassar os obstáculos.
Mesmo
condicionadas pelas expectativas que os seus pais depositam em si, as crianças
têm uma imensa criatividade em aproveitar
os seus recursos internos para gerir, e, muitas vezes, ultrapassar,
divergências que respeitam às suas opções de vida futuras.
Muitos pais,
na interação com os filhos, passam padrões de conquista elevadíssimos, em
detrimento da troca de afetos. Impõem modelos de sucesso, com os quais, os
filhos nada se identificam.
A procura da
identidade própria fica nestes casos dificultada pela ambivalência entre o
querer ser e o reconhecimento parental.
A qualidade
de uma relação afetiva entre pais e filhos mede-se pela proximidade,
cumplicidade e aceitação da sua genuinidade.
Sofia Almeida
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