Friedman, Utada e Morrissey, analisaram 96 famílias de
toxicodependentes, utilizando o Modelo Circumplexo
de Olson, e concluíram que a maior parte se tratava de famílias dispersas,
o que na classificação proposta por Minuchin significa que o grau de autonomia
individual é elevado e cada membro é pouco valorizado.
A família do toxicodependente facilmente se apresenta
alargada, as separações são impossíveis, mesmo quando a ausência física dos
seus elementos se verifica. Alguns membros parecem extremamente emaranhados,
enquanto outros parecem desmembrados, sendo frequente a alternância de fases
familiares que traduzem a mesma sensação (Relvas).
Para Sternschuss, Angel et al, “parece existir a
necessidade de uma pessoa ausente / presente, para garantir a homeostasia do
sistema, pois garante a coesão e apreensão dos retornos ou das partidas. Assim
o sintoma da toxicodependência foi então escolhido porque respeita esta regra.
O indivíduo fica ausente pelo consumo, apesar de estar presente no espaço
físico familiar, mantendo a coesão familiar”.
Sofia Almeida
31/08/2018
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