Face às
exigências atuais esperadas a grande parte dos progenitores, cada vez mais é difícil
à família nuclear manter o seu papel tradicional, vocacionado para um cuidadoso
empenhamento na função parental e, consequentemente educativa, com um
permanente auxílio e atenção aos filhos até à idade em que eles próprios também
cumpram esta função.
Não
obstante, é importante a família adaptar-se às necessidades e exigências
inerentes ao desenvolvimento dos seus membros, respeitando a sua
individualidade e consequentemente criando condições para o seu saudável
crescimento, não se fixando em padrões rígidos. A família deve crescer e
desenvolver-se como se tratasse de um organismo vivo, procurando mudar à medida
que os seus elementos também mudam.
Como refere
Isabel Andrade “trata-se de dar à criança a segurança e a liberdade necessárias
para que aprenda a situar-se na sociedade e a enfrentar as dificuldades. É
importante que os pais não sejam demasiado rígidos nem demasiado indecisos. Um
amor cego que satisfaça todos os desejos da criança pode vir a favorecer uma
toxicodependência ulterior. A criança habitua-se a ter tudo e não suportará a
frustração quando for confrontada com dificuldades. Porque foi incitada para
uma mentalidade de consumo, quando não é satisfeita de imediato, logo procurará
compensar-se.”
Sofia Almeida
02/08/2018
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