Cícero, o filósofo, interrogava o universo para
encontrar as raízes da sua realização pessoal. Falava no “desejo de cultivar a
alma” e encontrava na filosofia, na religião, na arte, na literatura, na
mitologia e nas doutrinas morais da época, a substância fundadora do seu eu
mais profundo.
Hoje sabemos
que tão ou mais importante que tudo isto é a família que temos e o código
genético que herdámos. Se nos genes não existe o indivíduo todo, existe
qualquer coisa determinante da personalidade que está presente desde o início.
Todos temos um
idioma pessoal, uma originalidade que nos cabe descobrir, uma maneira muito
própria de reagir aos desafios da vida. E é a consciência desta originalidade,
desta singularidade que nos distingue, que nos ajuda a ser mais honestos
connosco e com os outros.
Quanto mais
conscientes estivermos de nós mesmos mais próximos estaremos do essencial. Seja
ele o universo, a arte, a filosofia, a religião, um amigo ou toda a família.
Sofia Almeida
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