A
findar a época balnear, aproxima-se a passos largos o regresso às
aulas. A grande maioria dos pais
e filhos já terá começado as correrias para as livrarias e papelarias à
procura dos novos manuais adotados para o próximo ano letivo.
Neste artigo, procuro refletir sobre as reprovações escolares, ainda que não me refira às reprovações decorrentes da preguiça ou
dificuldades de aprendizagem. Centro-me apenas nos danos colaterais daqueles alunos que são
obrigados a repetir o ano escolar, sem que os pais e os professores
tenham percebido de facto, que tipo de dificuldades os condiciona.
Falamos de desmotivação generalizada? Existência de conflitos internos por resolver? Falta de estímulos parentais na aprendizagem? Falta de curiosidade natural? Filhos de famílias disfuncionais onde falta a comunicação e/ou os afetos?
Uma reprovação escolar pode constituir um forte obstáculo ao desenvolvimento integral da criança ou adolescente repetente. Para além do estigma social, a sua autoestima e relação com os pares poderão ficar seriamente afetadas. De tal forma que se poderão sentir inibidos para melhorarem o seu desempenho escolar, ou em última instância, desinteressarem-se pela escola, abandonando-a ou adotando comportamentos rebeldes.

Por
todos estes motivos e por todos aqueles que não são aqui
referenciados (investimento financeiro dos pais, stresse,
vulnerabilidades) vale a pena aos pais aliarem-se aos professores
neste processo de educação, logo desde o início do ano letivo,
procurando aproximar-se progressivamente da escola, implicando-se
neste processo tão complexo como é a educação dos nossos filhos.
Sofia
Almeida
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