Alguns Best-Sellers recentemente publicados na comunidade internacional vieram reacender o debate sobre as melhores culturas para se educarem as nossas crianças. Longe de reunirem consenso, os vários autores que apresento de seguida, vieram a público defender diferentes modelos teóricos educacionais, dos mais permissivos aos mais autoritários, do Oriente ao Ocidente.
Uma Professora Universitária de Direito na Universidade de Yale, Amy Chua, autora de “O grito de guerra da mãe tigre” chocou os seus leitores quando divulgou que as mães chinesas proíbem a televisão e os jogos de vídeo aos filhos, impõem-lhes a aprendizagem de um instrumento musical e exercem um controlo cerrado ao longo do seu desenvolvimento.
O empresário Xiao Baiyou, também conhecido como Pai Lobo, despoletou uma grande polémica quando publicou o seu livro “Eis como os meus filhos entraram para Beida”. Explica que o segredo do sucesso da educação que administra aos seus quatro filhos reside numa bengala de Bambu, tão dura quanto flexível. Provoca uma dor insuportável na pele mas não afeta os músculos nem os ossos. Segundo ele não se pode perder milhares de anos de tradição chinesa.
Estas fotos de Duo Duo, uma criança de quatro anos, correram mundo, quando o seu pai ( Pai-Águia) o deixou quase nu a correr sobre a neve em pleno inverno de Nova York, alegando que desejava tornar o seu filho mais forte.
Já no Ocidente, uma Antiga Repórter do Wall Street Journal, Pamela Druckerman, veio mais recentemente tecer louvores aos modelos educacionais adotados pelas mães francesas, pois segundo esta autora, estas mães não deixam as suas crianças comer entre as refeições, mas também não as pressionam para se tornarem grandes génios. São mães mais descontraídas, que não brincam tanto com os filhos, mas procuram que estes usufruam de parques e jardins públicos. Já as mães norte-americanas, considera que são obcecadas pelos seus filhos e vivem amedrontadas com eventuais sequestros.
Na opinião de Atahualpa Vargas, Psicólogo Infantil, as mães bolivianas são reconhecidas pelos norte-americanos pela sua devoção aos filhos.
O Professor Universitário Griffith Addfwyn defende que o modelo educacional adotado pelas mães gaulesas superam todos os outros atrás referidos pois o segredo do sucesso na educação das crianças está em não idolatrar os filhos em demasia.
As Super-Mães das Ilhas Fiji defendem que as crianças educadas no Pacífico Sul serão adultos mais felizes, justificando que o clima e a segurança lhes permite brincar na rua quase todo o ano.
Uma mãe alemã que teve por duas vezes trigémeos, veio também a público defender o modelo adotado pelas mães mongóis, pois estas criam os seus filhos em meios ambientes tranquilos, porque os seus maridos passam muito tempo ausentes de casa, deixando-lhes maior disponibilidade para acompanharem as suas crianças.
Opiniões à parte, considero que não existem receitas universais para educarmos os nossos filhos. Em qualquer cultura ocidental ou oriental encontramos excelentes e esforçadas mães que amam os seus filhos e cuidam deles com verdadeiro sentido de missão.
Caso seja mãe e não sinta toda esta devoção na criação dos seus filhos, pode sempre ligar-se ao blogue da italiana Silvia Crema “CLUB CATTIVE MAMME” (O clube das más mães). Segundo esta Bloguer, pode ser considerada uma má mãe, aquela que por vezes se impacienta com os filhos; que não dá proporções dieteticamente equilibradas de legumes e vegetais às crianças; que não pondera o tempo disponibilizado destas a ver televisão; que os deixa patinhar na lama ou ainda, que não suspende uma sessão no ginásio para satisfazer um qualquer capricho do filhote.
Haja sensibilidade e bom senso e tudo correrá pelo melhor!!!
Sofia Almeida