segunda-feira, 12 de maio de 2014

TELEVISÃO NO QUARTO DAS CRIANÇAS




As modalidades lúdicas para as crianças têm vindo a sofrer alterações e os quartos das crianças têm vindo a transformarem-se em grandes espaços de entretenimento e em alguns casos, autenticas estações eletrónicas, onde não faltam a televisão, o Leitor de DVD, a consola de jogos, o computador, a aparelhagem de som, o tablet e o telemóvel.

No início da idade escolar, as crianças começam a reclamar para si mesmas os brinquedos da modernidade dos adultos. Todos sabemos que a televisão é quase presença obrigatória nas nossas casas, sendo que, quase 100% dos lares nacionais estão equipados com pelo menos um aparelho de televisão.

Não restam dúvidas sobre as vantagens de acesso a programas educativos de grande qualidade, de informação disponível na internet ou de videojogos orientados com princípios pedagógicos. Sabemos que uma geração familiarizada com os novos media significa mais informação e entretimento. Contudo, nem sempre a informação é aconselhada a públicos mais impressionáveis como são os mais novos.

Têm-se multiplicado os estudos sobre o impacto/influência da televisão sobre os mais novos, nomeadamente, analisado a questão do acesso facilitado pelos mais novos aos conteúdos televisivos e das novas tecnologias e à dificuldade de monitorização pelos pais/educadores.

Ao longo do seu desenvolvimento, as crianças vão construindo a sua personalidade, aprendendo a lidar gradualmente com determinadas realidades, pelo que, devem ser protegidos de experiências para as quais não estejam ainda preparadas e todos estamos conscientes que a programação televisiva excede-se frequentemente nas cenas de violência, que poderão provocar medos e ansiedades futuras.

O acesso incondicional e sem monitorização parental que mais facilmente ocorre na privacidade dos quartos das crianças, pode expô-las a momentos de significativo impacto emocional, os quais, visionados em confraternização familiar, poderão no mínimo serem contextualizados ou mesmo censurados, como é o caso de algumas notícias de extrema violência divulgadas nos noticiários da noite, que com facilidade as crianças têm acesso a fim de satisfazerem as suas curiosidades.

O poder da publicidade também não deve ser negligenciado, mais ainda, quando exerce impacto emocional nas crianças, valorizando o consumismo desde cedo em detrimento de princípios morais fortalecidos.

Alguns estudos defendem que a televisão no quarto das crianças pode também prejudicar a sua saúde física, como fator agravante da obesidade infantil, não apenas pelo sedentarismo que é promovido, como pelas posições de visionamento adotadas logo após as refeições.

Sofia Almeida

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