quarta-feira, 17 de julho de 2013

MARCOS




 

Nos nossos percursos de vida, em todas as idades e nas situações mais inesperadas, vamos sendo marcados por pessoas ou acontecimentos que nos surgem normalmente de forma inesperada, seja num momento particular, em determinadas alturas ou ao longo da vida.
Um gesto, uma partilha, uma palavra, ou um simples sorriso podem deixar-nos marcas profundas.

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, o termo “marco” poderá significar “traço ou sinal de demarcação; baliza; aquilo que marca uma época ou uma data; facto decisivo; ponto de referência; fronteira; limite”.

Normalmente, os primeiros marcos são os nossos pais e avós através dos “encontros” precoces que estabelecemos na nossa infância, especialmente quando se trata de cuidadores suficientemente intuitivos para nos adivinharem, fazendo sentir-nos amparados, seguros, protegidos.

Mas, quando surgem em encontros casuais, apesar de desconhecidos, ambos os intervenientes têm a sensação mútua de grande familiaridade, de que se conhecem há muitos anos, e sentem grande sintonia, e, portanto, com intimidade suficiente para se observarem mais demoradamente e partilharem idiossincrasias sem receios, nem reservas.

Estes marcos poderão ser transitórios, mas são sempre muito intensos e apresentam grandes oportunidades de aprendizagem e transformação. Surgem através de um sentimento de proximidade natural que nasce sem esforço, com confiança e espontaneidade de alguém de quem gostamos, nos identificamos inteiramente, e que está em “comunhão” connosco, inspirando-nos e motivando-nos a alcançarmos os nossos ideais.

Nem sempre tomamos consciência da importância destes marcos no momento em que ocorrem por estarmos tão autocentrados. Só mais tarde, num determinado momento, nos apercebemos da importância que assumiram nas nossas vidas, traduzindo-se na mudança de atitudes ou mesmo na filosofia de vida.

Muitas vezes são encontros com magia própria que ocorrem por intuição e sensibilidade mútua, destroem automaticamente preconceitos, têm um imenso poder curativo e imprimem um novo sentido às nossas vidas.

 
Sofia Almeida

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