Celebra-se hoje o Dia Nacional dos Avós.
É do conhecimento comum que os avós podem influenciar de forma determinante o desenvolvimento emocional, cognitivo e social das crianças, criando cumplicidades através de brincadeiras e partilhas. Mas, por vezes, esquecemo-nos que os avós não substituem os pais.
A sabedoria popular diz que “aos pais cabe educar e aos avós mimar”. Não se pode esperar dos avós as mesmas obrigações dos pais. Não devemos imputar aos avós a exigência dos cuidados parentais, da responsabilidade da educação e do peso da autoridade paterna.
Os pais não devem delegar responsabilidades que são apenas suas, mas encarar os avós como grandes aliados, que, em articulação, poderão tornar-se disponíveis para ajudar a tomar conta dos netos.
É importante para ambos os pais e avós não esquecerem o entendimento sobre as regras para lidar com as crianças, evitando sentimentos de substituição ou desautorização. Os avós não podem contestar a autoridade dos pais, nem contrariar as suas práticas parentais, correndo o risco de se gerar uma grande confusão sobre as regras nas crianças.
Por outro lado, os pais também não devem desrespeitar o tempo, o espaço e os costumes dos avós, exigindo que estes abdiquem das suas identidades para conviverem com as crianças.
Independentemente da estrutura de cada agregado familiar, o apoio dos avós é sempre uma mais-valia pela partilha de experiências e conhecimentos, disponibilidade de tempo e capacidade de tolerância.
Quem de nós já se esqueceu do colo de uma avó ou de conselho de um avô?
Sofia Almeida
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