terça-feira, 3 de maio de 2016

ZEN



O termo ZEN tem origem na palavra chinesa CHAN que significa meditação

ZEN é uma tradição espiritual milenária na qual convergem o budismo hindu e o taoísmo chinês, que a partir do século XII influencia de forma decisiva a cultura japonesa.

A essência do ZEN é a arte de vermos dentro da natureza do próprio ser, ou seja, tentarmos chegar ao espírito e libertá-lo de tudo o que o atrofia e confunde inutilmente.

Segundo os entendidos, é uma forma de iluminação libertadora que nos leva a viver plenamente cada instante e procura que cada um se aceite tal como é, para que possa viver em harmonia interior e exterior.

Meditar permite-nos com o tempo, conhecermo-nos, lidarmos melhor com as nossas emoções e concentrarmos a atenção naquilo que para nós é realmente significativo. Convida a abrandar o ritmo, a acalmar, por forma a sermos capazes de pensar, a uma nova luz, a nossa realidade.

Cientificamente comprovado, a meditação e a tranquilidade de espírito ajudam-nos a gerir melhor o stress nos momentos de crise e reforçam o sistema imunitário. 


                 


Sofia Almeida 

O AMOR É UMA DROGA?




Segundo Marta Saiz Merino, num artigo publicado na revista espanhola  “independientes.com” o amor é como uma droga. Não que exista uma droga com efeito de amor, contudo, a substância que intervém neste processo é a mesma que se apresenta ao cérebro ao consumir determinadas substâncias tóxicas, como a feniletilamina. Assim, melhor dizendo, os efeitos que o amor produz assemelham-se aos efeitos de determinadas drogas, nomeadamente as anfetaminas como o MDMA (ecstasy).

A feniletilamina é um aminoácido essencial que atua como neurotransmissor e uma droga natural produzida pelo cérebro que pertence à classe das anfetaminas, estimulantes do Sistema Nervoso Central.

O cérebro, ao concentrar elevadas quantidades de feniletilamina, responde com a libertação de endorfina que alimenta a secreção de neurotransmissores como a dopamina, entre outras. A dopamina é responsável pelas sensações de prazer e influencia a energia física e mental, nomeadamente na concentração e capacidade de memória.

Esta droga natural pode ser produzida e ativada pela ingestão de determinadas drogas, alimentos ou suplementos, ou ainda, pelos comportamentos que desencadeiam emoções humanas.

No caso dos alimentos, destaca-se o chocolate, portador de feniletilamina e de efeitos psicoativos. Contudo, ao ser metabolizado pela enzima MAO-B não chega ao cérebro em altas concentrações e apenas passa a sensação prazenteira e antidepressiva que o carateriza.

Também escutar música, fazer desporto ou a exposição solar produz a libertação de endorfinas.

A associação entre a feniletilamina e o amor dá novo realce à teoria proposta nos anos 80 pelos médicos Donald F. Klein e Michael R. Liebowitz do Instituto Psiquiátrico de Nova York, em que afirmam que a produção deste aminoácido pode desencadear-se simplesmente por um olhar, um toque ou aperto de mãos.

Quando isto ocorre, o cérebro da pessoa enamorada responde com modificações fisiológicas responsáveis pelas sensações do amor romântico (vigília, falta de apetite, sensação de felicidade extrema), que se assemelham aos efeitos do consumo de determinadas drogas. Como a Cannabis ou as anfetaminas.
As substâncias que intervêm no cérebro quando aparece o amor são basicamente três: feniletilamina, dopamina e serotonina, responsáveis pela sensação de bem-estar, concentração, apetite.

Num primeiro momento, acontece a atração e o desejo, atuando a feniletilamina com a secreção de dopamina nos centros de recompensa. Num momento em que se criam fortes vínculos com a pessoa e se reconhece o prazer com o objeto de desejo, aumenta o nível de serotonina criando uma estabilidade no casal, regulando os estados de ânimo.

Uma vez que os laços se estreitaram, aparecem outros neurotransmissores como a vasopressina e a oxitocina, que ajudam a manter as relações a longo prazo.

Em caso de desamor, o indivíduo deixa de produzir feniletilamina de forma natural e o chocolate passa a ser o aliado da rutura amorosa.

O problema das drogas é que estas interatuam com estes neurotransmissores e sequestram os sistemas naturais do cérebro implicados no prazer e na satisfação, rompendo o círculo natural de funcionamento das emoções.

Sofia Almeida

LIBERDADE EMOCIONAL


Quantos de nós sabemos verdadeiramente quem somos e o que queremos?

Especialistas em comportamento humano defendem que nem sempre é fácil tomar consciência da nossa identidade e do que nos dá sentido à vida.

Poderá ser um percurso acidentado, este, o da maturação. Aprender com os erros, reafirmar convicções, atentos aos nossos limites, orientados pelos nossos valores, com a coragem de nos levantarmos…Sempre!

O valor que damos à aceitação social em detrimento da coerência com os nossos próprios valores leva-nos frequentemente a orientarmo-nos por padrões e expectativas alheios que em nada favorecem a afirmação da nossa identidade, confundindo a imagem que temos de nós com aquela como os outros nos vêem.

Para muitos de nós é difícil estarmos sozinhos, especialmente em momentos dolorosos, tais como separações e/ou divórcios. É frequente não se dar tempo ao tempo e partir-se em busca de algo ou alguém que preencha o vazio e alivie a sensação de fracasso na relação terminada.

Ficar sozinho por opção própria e por tempo indeterminado favorece o confronto com os dilemas interiores comuns, como a solidão, o medo, a frustração, o erro, mas permite-nos redescobrir sentimentos e emoções, batalhando contra as dependências relacionais.

Criamos dependências relacionais com relativa facilidade, contudo, quantas vezes ao longo da vida nos assalta a ideia de sermos livres? E o desejo de nos libertarmos de velhos hábitos e rotinas colide muitas vezes com outros desejos não menos comuns, como o desejo de segurança e de partilha.

Paulo Ratki defende a ideia de que liberdade e amor andam juntos. O amor é estarmos atentos ao outro e sermos gratos por isso mesmo. Não é uma troca, nem mesmo uma doação. Segundo o autor, é somente neste amor que poderemos encontrar a verdadeira liberdade. Precisamos descobrir sozinhos o que significa amar, porque se não amarmos, nunca seremos atentos, e pior, nunca seremos gratos. Mas para termos sensibilidade e recetividade é preciso termos liberdade; e para sermos livres precisamos amar. Sem amor não há liberdade.


É fundamental descobrirmos o que dá sentido à nossa vida

Sofia Almeida