Após um divórcio, muitas pessoas
sentem um grande alívio por voltarem a ser solteiras. Rapidamente se reorganizam
e desfrutam desta nova forma de estar nas suas vidas. Segundo Catarina Mexia, “são geralmente casos de pessoas separadas
cujos casamentos foram de tal maneira absorventes que se constituíram verdadeiras
barreiras à realização pessoal”.
Mas, não sendo uma opção pessoal,
então há que (re) aprender a estar só, procurando que esta seja uma experiência
feliz e criativa e não apenas sinónimo de solidão. Estarmos sós obriga-nos a um
trabalho de introspeção, confrontando-nos a nós próprios, com as nossas
qualidades e defeitos, necessidades e desejos, aprendendo a aceitarmo-nos tal
como somos.
Para esta Psicóloga clínica,
terapeuta familiar e do casal existem três estádios básicos e fundamentais para
a condição de se estar bem e solteiros: a autossuficiência; viver objetivos e
gerir o tempo:
Autossuficiência: significará saber experimentar tudo por si mesmo
e não pelo companheiro. Dedicarmo-nos a nós próprios, cuidarmo-nos e
compreendermo-nos, permitindo o crescimento pessoal e aprendermos a retirar
prazer neste novo estado de solteiro.
Viver objetivos: muitas pessoas separadas, divorciadas ou viúvas
aproveitam o seu novo estado para viverem objetivos e sonhos que haviam cedido
em torno de uma relação afetiva com um companheiro.
Gerir o tempo: a condição de solteiro pode tornar-se numa
verdadeira aprendizagem na gestão do tempo livre, especialmente quando se trata
de alguém em que o tempo livre entre o trabalho, os filhos e a casa era quase
nulo.
No essencial, importa aproveitarmos
a liberdade para sermos quem gostaríamos de ser sem estarmos condicionados aos gostos
e preferências do outro e criarmos o nosso melhor projeto: a nossa própria
vida.
Sofia Almeida
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