segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

(RE) APRENDER A ESTAR SÓ



Após um divórcio, muitas pessoas sentem um grande alívio por voltarem a ser solteiras. Rapidamente se reorganizam e desfrutam desta nova forma de estar nas suas vidas. Segundo Catarina Mexia,  “são geralmente casos de pessoas separadas cujos casamentos foram de tal maneira absorventes que se constituíram verdadeiras barreiras à realização pessoal”.

Mas, não sendo uma opção pessoal, então há que (re) aprender a estar só, procurando que esta seja uma experiência feliz e criativa e não apenas sinónimo de solidão. Estarmos sós obriga-nos a um trabalho de introspeção, confrontando-nos a nós próprios, com as nossas qualidades e defeitos, necessidades e desejos, aprendendo a aceitarmo-nos tal como somos.

Para esta Psicóloga clínica, terapeuta familiar e do casal existem três estádios básicos e fundamentais para a condição de se estar bem e solteiros: a autossuficiência; viver objetivos e gerir o tempo:

Autossuficiência: significará saber experimentar tudo por si mesmo e não pelo companheiro. Dedicarmo-nos a nós próprios, cuidarmo-nos e compreendermo-nos, permitindo o crescimento pessoal e aprendermos a retirar prazer neste novo estado de solteiro.

Viver objetivos: muitas pessoas separadas, divorciadas ou viúvas aproveitam o seu novo estado para viverem objetivos e sonhos que haviam cedido em torno de uma relação afetiva com um companheiro.  

Gerir o tempo: a condição de solteiro pode tornar-se numa verdadeira aprendizagem na gestão do tempo livre, especialmente quando se trata de alguém em que o tempo livre entre o trabalho, os filhos e a casa era quase nulo.

No essencial, importa aproveitarmos a liberdade para sermos quem gostaríamos de ser sem estarmos condicionados aos gostos e preferências do outro e criarmos o nosso melhor projeto: a nossa própria vida.

Sofia Almeida

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